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Sexta-feira, 22 Novembro, 2024
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Delta Energia capta R$ 250 milhões na estreia no mercado de capitais

A Delta Energia levantou R$ 250 milhões em um CRI para financiar a construção de 20 usinas de energia solar.

A Delta Energia captou R$ 250 milhões através da emissão de um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), marcando a estreia da empresa no mercado de capitais. Esses recursos serão usados para financiar o projeto de geração de energia solar voltado ao mercado de Geração Distribuída nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.

O CRI emitido pela Delta possui duas séries, de sete e oito anos, com taxas de IPCA+8,1% e IPCA+8,8%, respectivamente. A oferta inicial era de R$ 200 milhões, mas, segundo o CFO da Delta, Rodrigo Pereira, a forte demanda pelo papel, de R$ 737 milhões, permitiu uma captação maior. Cerca de 66% desse volume foi adquirido por investidores institucionais (gestoras e fundos de investimento). A operação foi coordenada pelo banco Modal, XP Inc. e One Corporate.

O investimento total nas usinas será de R$ 314 milhões. Além dos recursos obtidos com o CRI, a empresa destinará recursos próprios para o projeto. Das 20 usinas, oito já estão prontas, seis em construção e outras seis ainda serão construídas. Todas devem estar operacionais até o fim deste ano, adicionando 86 megawatts à capacidade de geração da empresa.

Novos investimentos estão planejados para 2024. Para isso, a empresa pretende retornar ao mercado de capitais – possivelmente com a emissão de uma debênture incentivada, dependendo da regulamentação específica para o mercado de Geração Distribuída.

“Existe uma janela muito favorável para investir no segmento de Geração Distribuída”, diz Pereira. O GD consiste na formação de um pool de consumidores que, juntos, conseguem negociar com a distribuidora de energia cativa uma tarifa até 30% mais barata do que se o fornecimento fosse feito diretamente. Para operar nesse segmento, a Delta Energia criou a varejista Luz, que distribuirá a energia gerada pelas novas usinas.

Segundo Luiz Fernando Leone Vianna, vice-presidente Institucional e Regulatório do Grupo Delta Energia, a localização das usinas foi escolhida com base no preço da energia. Ou seja, a empresa escolhe locais onde o preço da energia é mais alto que o preço de referência no mercado livre naquela região.

O Grupo Delta Energia iniciou suas atividades no mercado livre de energia há 22 anos e, desde então, vem investindo em diversas frentes da cadeia. A companhia adquiriu a empresa de tecnologia Wisebyte, que oferece serviços de software e hardware em grande escala para os segmentos de energia e telecomunicações.

Em outubro de 2022, fundou a Luz, que iniciou operações em Geração Distribuída compartilhada e, em 2023, passou a atender consumidores no mercado livre no varejo.

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